STALL
RECOVERY - MUDANÇA DE PARADIGMA
“Insanidade
é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”
Albert Einstein
Na
aviação comercial, sempre aprendemos que para recuperar de um estol, ou de uma
situação próxima de um estol, quando a baixa altura (“ground is a factor”), o
procedimento correto seria aplicar potência máxima, nivelar as asas e manter a
altura.
Este
paradigma nos acompanhou desde que aprendemos a voar.
Relatórios
atuais envolvendo acidentes de perda de controle em voo (LOC – “loss of control”)
têm revelado que uma crescente causa desses acidentes é uma reação inapropriada
do piloto à primeira indicação de um estol (ou de uma situação de quase estol).
Evidências mostram que alguns pilotos falharam ao reagir nestas situações e
agravaram a situação.
Por
exemplo, ao ser surpreendido por um “stick shaker”, na perna base e descendo, o
piloto imediatamente nivelou o avião e acelerou os motores (“ground is a factor”).
Esta ação brusca causou um estol real e fez com que o piloto perdesse controle
da aeronave.
Há
pouco mais de dois anos, estimulados pelo FAA, os maiores fabricantes de
aeronaves comerciais do ocidente - Boeing, Airbus, Embraer, Bombardier e ATR -
se reuniram para estudar o assunto.
Esses
fabricantes e o FAA foram unânimes em concluir que a redução do ângulo de
ataque (AOA) é a resposta mais importante ao se confrontar com situações dessa
natureza e que o treinamento dos pilotos deve enfatizar isso.
E
mais, deve ser eliminada a ênfase dada anteriormente: perder o mínimo de altitude e
aplicar potência máxima.
Nota:
nas aeronaves com
motores localizados nas asas, a aplicação de potência máxima pode causar tendência de “pitch up”, agravando a situação.
A ênfase atual é reconhecer
e evitar, é
uma imediata redução do AOA, nivelamento das asas e aplicação de
potência conforme requerido.
Essa
conduta contraria o que aprendemos até hoje sobre a saída de um estol, ou de
uma situação de quase estol, quando próximo ao terreno.
O FAA orienta, através da AC
120-109, para que cenários realistas sejam usados no treinamento. Nessa AC, o
FAA publica também procedimentos genéricos e orienta a avaliação do
treinamento.
Os fabricantes emitiram
procedimentos específicos para as aeronaves que fabricam.
Bons Voos
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