quarta-feira, 28 de maio de 2014

STALL RECOVERY



STALL RECOVERY - MUDANÇA DE PARADIGMA

“Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”
Albert Einstein
Na aviação comercial, sempre aprendemos que para recuperar de um estol, ou de uma situação próxima de um estol, quando a baixa altura (“ground is a factor”), o procedimento correto seria aplicar potência máxima, nivelar as asas e manter a altura.
Este paradigma nos acompanhou desde que aprendemos a voar.
Relatórios atuais envolvendo acidentes de perda de controle em voo (LOC – “loss of control”) têm revelado que uma crescente causa desses acidentes é uma reação inapropriada do piloto à primeira indicação de um estol (ou de uma situação de quase estol). Evidências mostram que alguns pilotos falharam ao reagir nestas situações e agravaram a situação.
Por exemplo, ao ser surpreendido por um “stick shaker”, na perna base e descendo, o piloto imediatamente nivelou o avião e acelerou os motores (“ground is a factor”). Esta ação brusca causou um estol real e fez com que o piloto perdesse controle da aeronave.
Há pouco mais de dois anos, estimulados pelo FAA, os maiores fabricantes de aeronaves comerciais do ocidente - Boeing, Airbus, Embraer, Bombardier e ATR - se reuniram para estudar o assunto.
Esses fabricantes e o FAA foram unânimes em concluir que a redução do ângulo de ataque (AOA) é a resposta mais importante ao se confrontar com situações dessa natureza e que o treinamento dos pilotos deve enfatizar isso.
E mais, deve ser eliminada a ênfase dada anteriormente: perder o mínimo de altitude e aplicar potência máxima.
Nota: nas aeronaves com motores localizados nas asas, a aplicação de potência máxima pode  causar  tendência de “pitch up”, agravando a situação.
A ênfase atual é reconhecer e evitar, é uma imediata redução do AOA, nivelamento das asas e aplicação de potência conforme requerido.
Essa conduta contraria o que aprendemos até hoje sobre a saída de um estol, ou de uma situação de quase estol, quando próximo ao terreno.
O FAA orienta, através da AC 120-109, para que cenários realistas sejam usados no treinamento. Nessa AC, o FAA publica também procedimentos genéricos e orienta a avaliação do treinamento.


Os fabricantes emitiram procedimentos específicos para as aeronaves que fabricam.
 
Bons Voos



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