I- INTRODUÇÃO
"When things go very wrong, the last line of defense is the Aviator"
Unknown author
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Aproveitamos para abordar sobre o assunto que é a “bola da vez” nos EUA – O “RUNWAY OVERRUN”.
Para mitigar os eventos de “runway overrun” o FAA criou um grupo de trabalho denominado TALPA - "Takeoff and Landing Performance Assessment".
Nas referências listamos os documentos mais atuais, resultantes
dos trabalhos da TALPA.
Embora
a maioria dos assuntos sejam aplicáveis a outras categorias de aeronaves, este
POST focará nos aviões bimotores a jato, da Categoria Transporte, certificados
pelo FAR/RBAC 25, operando de acordo com o FAR/RBAC 121.
II- SIGLAS E DEFINIÇÕES
1 - Siglas
AC –
advisory circular (FAA)
AEO - all
engines operating
AFElev –
above field elevation
GA – go
around
MTOW
– maximum takeoff weight
OEI - one
engine inoperative
RTO –
rejected takeoff
SAFO –
Safety Alert for Operators (FAA)
SOP –
Standard Operacional Procedures
TALPA
-Takeoff and Landing Performance Assessment
Vfr - flap
retraction speed
Vmbe -
minimum brake energy speed
Vmca -
minimum control speed on the air
Vmcg -
minimum control speed on the ground
Vr – takeoff
rotation speed
2 - Definições
a- Velocidade
As velocidades operacionais são normalmente definidas em voos
de testes, atendendo aos requisitos do FAR/RBAC 25. Os testes são “gravados” e
comprovados junto às autoridades certificadoras.
V1 (decision speed) - é a velocidade
onde, em caso de falha de motor, existe pista suficiente para continuar e
efetuar a decolagem, ou efetuar uma RTO.
V2 (takeoff safety speed) – é a
velocidade selecionada pelo fabricante de acordo com o FAR/RBAC 25. Essencialmente, é
a velocidade que garante o gradiente de subida requerido pelo FAR/RBAC 121 e o
controle da aeronave, quando com um motor inoperante e flapes de decolagem.
Vappclb (approach climb speed) - é a velocidade a ser usada
em uma arremetida no ar, OEI, flapes aproximação e trem de pouso recolhido. A Vappclb pode provocar limitação no peso de pouso devido ao requisito mínimo de gradiente de subida.
Vef (engine failure speed) – é a velocidade na qual o motor
crítico é assumido ficar inoperante. Não pode ser menor que a Vmcg.
Vfs (takeoff final segment speed) - é
a velocidade a ser atingida e mantida durante o segmento final em uma decolagem
com falha de motor, com trem e flapes recolhidos. Normalmente, esta velocidade objetiva
o melhor ângulo de subida. Ela deve ser igual ou maior que 1.2 da Vs (ou 1.13
da Vs-1g).
Vlof (lift off speed) - é a velocidade que permite que a aeronave
decole sem bater a cauda no solo. A Vlof não pode ser menor que 1.10 da
Vmu (AEO) ou 1.05 da Vmu (OEI) e nem maior que Vmax.tire (velocidade máxima dos
pneus).
Vmu (minimum unstick speed) - é a
velocidade mínima para que o profundor tenha força aerodinâmica para fazer a
aeronave sair do solo com segurança e continuar a decolagem, sem apresentar
riscos.
Vref (landing reference speed) - é a
velocidade mínima de aproximação na configuração de pouso. Nos critérios de performance da FAR 25 é a velocidade mínima de cruzamento da cabeceira da pista de pouso, a 50 pés.
Vs – (stall speed) – a velocidade de
estol é determinada de acordo com os critérios definidos no FAR/RBAC 25 e é uma
das referências para a definição da maioria das velocidades operacionais.
Vs-1g – O FAR/RBAC 25 padronizou que a velocidade de estol, referência
para definição de outras velocidades, deve ser obtida com o fator de carga de 1
G.
A Vs-1g é uma das referências para a definição da V2, Vfs,
Vref, Vappclb.
b- Pista
All engines takeoff distance – é a distância desde o início da
corrida de decolagem até que seja atingida a altura de 35 pés AFElev, com AEO e
potência de decolagem.
LD (landing distance) – é a distância calculada para o
pouso. Inclui a distância voada pelo avião desde o momento que cruza a
cabeceira da pista, a 50 pés, até o ponto em que o trem principal toca na pista
(air distance) e a corrida após o toque na pista até a parada total do avião.
LDA (landing distance available) - é o comprimento declarado estar
disponível e adequado para o pouso.
AGD (accelerate-go distance) - é a distância percorrida desde o
início da decolagem, ter uma falha do motor crítico na Vef, e continuar a
decolagem com o motor remanescente até uma atingir a V2 a 35 pés de altura.
ASD (accelerate-stop distance) - é a maior das distâncias abaixo:
- Distância requerida para acelerar até a V1 com AEO,
continuar acelerando por mais 2 segundos, e desacelerar até uma parada completa,
com todos os motores operando, ou
- Distância requerida para acelerar até a Vef com AEO,
então acelerar até a V1 com OEI, continuar acelerando por mais segundos, e
desacelerar até uma parada completa com o OEI.
Critérios:
- Na desaceleração é considerado o uso
do freio máximo manual e “speedbrakes” estendidos;
- O uso dos reversores não deve ser
considerado com pista seca, mas pode ser considerado com pista molhada (a
critério do requerente).
Balanced field lenght - e quando a distância do ASD é
igual à distância do AGD.
Clearway - é uma área livre, além do final da
pista, que pode ser usada nos cálculos de decolagem. O requisito permite que a
aeronave atinja os 35 pés sobre a “clearway”, desde que a Vlof ocorra sobre a
pista.
- Para ser considerada “clearway” a
área deve ser controlada pela autoridade competente e atender aos demais
requisitos da legislação.
Stopway - é uma área, no prolongamento da pista,
capaz de suportar a aeronave sem lhe causar dano.
A “stopway” deve ser tão larga (ou mais) quanto a pista, estar no prolongamento e rumo da pista e ser designada pela autoridade competente para uso em caso de RTO.
A “stopway” deve ser tão larga (ou mais) quanto a pista, estar no prolongamento e rumo da pista e ser designada pela autoridade competente para uso em caso de RTO.
TORA (takeoff runway available) - é o
comprimento da pista sem incluir a “stopway” ou “clearway”.
ASDA (accelerate stop distance
available) - é a
TORA mais a “stopway”.
TODA (takeoff distance available) - é o
TORA mais a “clearway”.
Nota – nesta definição, se o aeródromo possuir “stopway” e “clearway”,
estas áreas serão consideradas “clearway”.
Unbalanced Field Lenght - quando são consideradas uma “clearway” e/ou
uma “stopway”, a ASD e a AGD não
ficam equilibradas e dizemos que a pista não
está balanceada.
Dry runway – a pista está “dry” quando não se
enquadra na definição de “wet” e nem de “contaminated”. Por exemplo, se 25% ou menos
da superfície utilizável da pista estiver com geada, neve, etc, ela é
considerada seca.
Wet Runway – a pista está “wet” quando não se
enquadrar na definição de “dry” e nem “contaminated”, e:
- Mais que 25% da superfície utilizável da pista está coberto
com humidade visível ou água.
Contaminated runway - a pista é considerada contaminada
quando mais de 25% da superfície utilizável da pista está coberta por
água (profundidade maior que 3 mm), ou por: frost, dry snow, wet snow,
compacted snow, slush (neve derretida), ice ou wet ice.
Nota: veja a AC 25-32 para definição destes contaminantes.
Pista fatorada – de acordo com o FAR/RBAC 121, a
pista está fatorada quando:
Dry: a LD for 60% ou menos da LDA.
Wet: o resultado da LD dry + 15% for 60% ou menos da LDA.
Nota: Estes são requisitos da FAR/RBAC 121 para que o voo possa ser despachado.
Porém, ao chegar no destino, os critérios
são outros.
c- Segmentos de Decolagem
O FAR/RBAC 25 define as fases de uma decolagem com falha de
motor em 4 segmentos e estabelece um gradiente de subida mínimo para cada
segmento. Os “softwares” de análise de decolagem ajustam o peso da decolagem para
contemplar estes gradientes e os obstáculos localizados no setor de decolagem, como definido pelo FAR/RBAC 121.
Primeiro segmento - vai desde 35 pés AFElev até a retração completa do trem de pouso.
Critérios:
- V2, motor crítico falhado, potência de decolagem e
flapes de decolagem.
Segundo segmento - vai desde a retração completa do trem de pouso até a altura onde a
velocidade da aeronave é acelerada para o recolhimento dos flapes (acceleration
altitude).
Critérios para a definição da “acceleration altitude”:
- Altitude mínima de 400 pés AFElev (ANAC e FAA) ou
mais alta em função de obstáculo no setor de decolagem;
- Manutenção da potência e flapes de decolagem durante
o segundo segmento.
Terceiro segmento - vai desde o final do segundo segmento até a aeronave atingir a
configuração lisa e a Vfs.
Critérios: potência de decolagem, motor crítico falhado
Segmento final - também chamado de quarto segmento, vai desde o ponto em que a aeronave é
limpa e atinge a Vfs até 1500 pés AFElev.
Nota:
a potência de decolagem é reduzida para MCT (maximum contínuos thrust) durante
o quarto segmento.
III- ANÁLISE DE CASOS
“A mente que se abre a uma nova
ideia jamais voltará ao seu tamanho normal”
Albert Einstein.
Neste capítulo, para motivar a
leitura, apresentaremos alguns casos, dúvidas e os comentários pertinentes,
apoiados nas referências abaixo citadas:
- FAR/RBAC 25: emite os requisitos para um fabricante
construir e certificar uma aeronave da categoria Transporte.
- FAR/RBAC 121: especifica os requisitos
a serem seguidos pelos Operadores de Empresa de Transporte Aéreo (certificado
ETA).
- TALPA (FAA): grupo que se propõe a os reduzir o risco de “runway overruns”.
Primeiro caso:
Cenário:
O voo foi despachado para um destino com uma LDA de 1320 metros.
O voo foi despachado para um destino com uma LDA de 1320 metros.
Dúvidas:
- No despacho do avião, qual o percentual da LDA deve ser considerado
para os cálculos de peso máximo de pouso?
- Durante o voo, caso ocorra alguma modificação nas condições,
e a “landing distance” seja maior que a despachada, o piloto é obrigado
(legalmente) a seguir para um aeródromo adequado?
- E se a pista estiver “wet”?
- E se a pista estiver “contaminated”?
Comentários:
O primeiro ponto a enfatizar é que existe uma diferença
fundamental entre o despacho do voo e a decisão operacional de pousar.
Quando o voo é despachado, a LD tem que ser fatorada e
o resultado deve ser menor que a LDA.
Nota: fatorar, de acordo com o FAR/RBAC 121, é
calcular que a LD seja de no máximo 60% da LDA.
Na prática, para saber se o avião pode ser despachado para uma pista
“dry”, multiplicamos a LD calculada por 1.67. O resultado tem que ser igual ou menor
que a LDA.
No entanto, na hora do pouso, as
regras do despacho não se aplicam e a decisão de pousar é do comandante.
Legalmente, ele não tem que seguir os critérios utilizados
para o despacho do voo.
Podem ter ocorrido alterações no peso de pouso, nas condições
ambientais, na pista em uso, ou falha de algum sistema.
Cabe ao comandante, através de uma “operacional decision
make”, decidir se é seguro pousar.
A pista, no destino, está WET !
Ao despachar o avião para uma pista WET, pelo FAR/RBAC 121, a
LD planejada para pista seca tem que ser aumentada em 15%.
Neste caso, antes de fatorar a pista, multiplicamos a
LD calculada para “dry” por 1.15.
Na prática, para saber se o avião pode ser despachado para
uma pista “wet”, multiplicamos a LD calculada para pista "dry" por 1.92. O resultado tem que ser
igual ou menor que a LDA.
De novo, ao chegar no destino, caso as condições tenham se
alterado, cabe ao comandante decidir se vai pousar ou seguir para uma
alternativa mais favorável.
Nota:
Os “softwares” de pouso e decolagem, normalmente, contemplam a opção de
cálculo da performance de pouso quando a pista estiver molhada.
A pista, no destino, está
CONTAMINATED !
O FAR/RBAC 121 não regula critérios para o despacho do voo,
caso exista previsão da pista estar contaminada ou escorregadia. Na chegada, caso a pista esteja contaminada ou escorregadia, é problema do comandante
calcular e decidir se vai pousar.
Esta tem sido uma recorrente causa de "runway overrun".
Esta tem sido uma recorrente causa de "runway overrun".
Ações em curso para apoiar os pilotos
nesta decisão e minimizar os "runway overrun":
- TALPA: visa reduzir os riscos de
“runway overrun”, fornecendo aos aeroportos um método para se calcular, com
precisão, as condições da pista quando o pavimento não estiver seco (já efetivo
nos EUA nos aeroportos selecionados pelo governo).
Esta informação
capacitará operadores, pilotos e despachantes de voo a determinar a distância
requerida para parar a aeronave, quando a pista estiver contaminada ou molhada.
- SAFO e AC (ver Referências no final): estes documentos,
emitidos pelo FAA, recomendam que os operadores de “turbojets” desenvolvam
procedimentos visando a avaliação, pelos pilotos, baseado nas condições reais
na hora do pouso.
- Os fabricantes, normalmente, fornecem informações que
possibilitam o cálculo da LD, em função dos diversos tipos de contaminação da
pista.
Notas:
(1) - O FAA recomenda uma margem
de segurança, de pelo menos 15%, a ser adicionada sobre a LD calculada com as
informações do fabricante. Esta recomendação baseia-se na premissa de que um
voo de teste, usado para obter as informações, não é um voo típico de uma Linha
Aérea.
(2) - Alguns aeroportos têm
regras definidas proibindo o pouso com pista contaminada.
Segundo caso:
Cenário:
O piloto foi informado pelo DOV que a pista não estava balanceada.
O piloto foi informado pelo DOV que a pista não estava balanceada.
Dúvidas:
- O que significa “unbalanced field”?
Comentários:
Se o aeródromo possuir uma “stopway”, a distância de parada
em caso de uma RTO é aumentada. Este procedimento permite uma decolagem com
mais peso, pois a “stopway” pode ser usada em caso de uma RTO.
Se o aeródromo possuir uma “clearway”,
o ponto onde a aeronave deve atingir os 35 pés pode ser sobre a “clearway”. Este
procedimento também permite uma decolagem com mais peso.
Em
ambos os casos, dizemos que o comprimento da pista e a V1 estão UNBALANCED.
Como regra geral, a V1 com “clearway” será mais baixa que a
V1 “balanced” e a V1 com “stopway” será
mais alta que a V1 “balanced”.
Terceiro caso
Cenário:
Decolagem com a MTOW, limitado pelo comprimento da pista.
Decolagem com a MTOW, limitado pelo comprimento da pista.
Dúvidas:
- Existe margem de segurança, caso uma RTO seja efetuada na
V1?
- O que pode ocorrer se o piloto decidir prosseguir na DEP,
caso ocorra uma falha antes da V1?
- O que pode ocorrer se o piloto decidir efetuar uma RTO
acima da V1?
- A V1 pode variar, para mais ou para menos?
- E se a pista estiver “wet”?
- E se a pista estiver “contaminated”?
- A posição calculada e ajustada no estabilizador, antes da
DEP, para que serve?
Comentários:
Quando decolando com MTOW para a pista, existe muito pouca margem
de segurança para a realização de uma RTO. Isso significa, que caso uma RTO
seja efetuada na V1, provavelmente será utilizada toda a pista disponível para
parar a aeronave.
Com MTOW para a pista, se a RTO for
iniciada acima da V1, existe grande chance de “varar” a pista.
Por outro lado, se prosseguir na DEP com OEI ocorrido antes
da V1, principalmente se for antes da Vef, pode haver dificuldade no controle da aeronave e existe a possibilidade
do avião não decolar até o final da pista, ou mesmo não cumprir o perfil da
decolagem com OEI (cruzar a cabeceira oposta a 35 pés AFElev e na V2).
Sobre a redução ou aumento da V1:
Os “softwares” atuais permitem a variação da V1 para melhorar
as condições na DEP.
- Decolando de uma pista curta, por exemplo, ela pode ser
reduzida até a V1 mínima para permitir uma RTO mais segura. A V1 mínima permite
que, em caso de RTO, a aeronave seja parada antes do final da pista. Se a
decisão for de prosseguir, com falha na V1, a aeronave deve atingir a altura de
35 pés no final da pista.
- Caso a decolagem seja efetuada em uma pista longa, a V1
pode ser aumentada até a V1 máxima para possibilitar maior controle ao
prosseguir na decolagem após uma falha de motor. A V1 máxima tem a vantagem de
permitir que, em caso de falha de motor, a altura de 35 pés seja atingida antes
do final da pista, mas em caso de RTO, a aeronave vai parar no final da pista.
Em ambos os casos o peso máximo de decolagem pode ser
penalizado.
Nota: embora alguns “softwares” contemplem a
variação da V1, esta função é normalmente bloqueada aos pilotos pela Empresa.
- E se a pista estiver “wet”? - E se
a pista estiver “contaminated”?
Os “softwares” atuais possuem a opção pela pista “wet”, porém
normalmente não contemplam a pista contaminada.
Trim: a posição calculada e ajustada no estabilizador, antes da DEP, objetiva
que a aeronave esteja “trimada” para a V2 e monomotor.
Quarto caso
Cenário:
A decolagem está sendo efetuada em um aeródromo com
obstáculos, em condições IMC. Ao rodar a análise de pista, o piloto observou
que ele estava com o peso limitado devido “climb” no segundo segmento.
Dúvidas:
- Se ocorrer um monomotor, a trajetória de decolagem está
protegida dos obstáculos?
- Qual o gradiente de subida mínimo nos segmentos da
decolagem?
- Se o piloto efetuar uma curva, na V2, este gradiente vai
ser penalizado?
- Na V2, qual a inclinação máxima para não prejudicar o
controle do avião?
Comentários:
As análises de decolagem consideram os obstáculos localizados
no setor de decolagem, como definido pelo FAR/RBAC 121.
Exceto em situações analisadas e aprovados, caso tenha um
monomotor, em condições IMC e com obstáculos, o piloto deve manter o eixo da
pista o mais preciso possível, para evitar sair da área
protegida e para manter o gradiente de subida.
Os segmentos de decolagem foram criados para definir
gradientes de subida na decolagem em caso de falha de motor.
Gradientes mínimos em caso de falha
de motor na decolagem:
- Primeiro segmento: gradiente positivo;
- Segundo segmento: 2.4%;
- Terceiro segmento, aceleração, o gradiente não pode ser
negativo;
- Quarto Segmento (final): 1.2%.
Notas:
- O quarto segmento termina a 1500 pés AFElev, encerrando o perfil de
decolagem.
Estes gradientes consideram as asas niveladas (ou com pequenas
variações). Caso o piloto execute uma curva na V2, o controle e a manobra do
avião estão garantidos até 15 graus de inclinação, mas a razão de subida será
penalizada.
- Terminada a fase de decolagem, caso o perfil da SID não possa ser
cumprido devido a obstáculos, ou por outro motivo, devem ser desenvolvidos
procedimentos de contingência que forneçam aos pilotos instruções a serem
seguidas.
IV – CONCLUSÃO
Reforçando as observações da Introdução deste POST:
É fundamental que os pilotos compreendam os “softwares” de
performance utilizados, bem como os requisitos neles inseridos.
Em relação à operação em pistas
contaminados, existem vários estudos e procedimentos efetivados e em processo de
implantação. Neste sentido, é urgente a necessidade dos operadores
desenvolverem um método preciso e consistente de determinar a “landing
distance”, quando a pista não estiver seca.
V
- Referências
- AC 25-32 (FAA) – Ldg. Perf. Data for Time-of-Arrival Ldg. Perf.
Assessment (22/12/15)
- AC 91-79A – Mitigating the Risks of a Runway Overrun Upon Landing
(28/04/2016)
- SAFO 16009 (FAA) – Runway Assessment and Condition Reporting
(15/08/2016)
- SAFO 06012 (FAA) – Landing Performance Assessment at Time of Arrival
(31/08/2016)
- FAA TV - Landing Distance Assessment.
- FAA TV - Landing Distance Assessment.
Excelente post sobre o assunto. Detalhado e organizado. Realmente, cada vez maisdependentes e escravos da tecnologia, os usuários (aqui me refiro aos pilotos) estão deixando de lado conhecimentos importantes para a operação em condições seguras. O software ajuda, mas só o conhecimento salva!
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